quarta-feira, 28 de março de 2007

Porque o Brasil não terá atentados como os do 11/9

Virou rotina. Todo mundo que precisa viajar de avião a trabalho já está
contando com o atraso - algo impensável há poucos anos atrás. Com isso,
Lulla conseguiu uma façanha: arruinou o único setor de transportes do Brasil
que funcionava razoavelmente bem.


É uma marca do Brasil, o vice do Haiti, a falta total de infraestrutura que
engloba os transportes. Em qualquer grande capital, os engarrafamentos são
marca - São Paulo está inclusive rumo ao Guiness e o RJ só não vai pelo
mesmo caminho porque a classe média está destruída e não compra automóvel
como deveria. As estradas não privatizadas são paraísos de acidentes e de
roubos de carga. A malha ferroviária e hidroviária são tão ridículas que é
capaz de serem proporcionalmente inferiores às do Haiti.


Apesar disso tudo, viajar de avião funcionava, mesmo sendo muito caro. Eu
disse FUNCIONAVA. Agora, se você tem que pegar uma ponte áerea Rio-SP para
uma reunião as 10h da manhã você tem que viajar no dia anterior. Pra
Brasília idem. Com isso, custos desnecessários de estadia, alimentação,
tempo parado e estresse pesam na economia do Brasil. Hoje, se o Bin Laden
fosse jogar um avião em um de nossos edifícios não conseguiria chegar na
hora.


Os especialistas da aeronáutica dizem que com 1 bilhão extra dá pra ‘dar uma
arrumada’ emergencial no setor aéreo. Míseros 1 bilhão, pro governo que
gasta 40 bilhões por ano com assistencialismo. No PAC estão previstos 3
bilhões para os próximos 4 anos em todo o setor. Uma merreca e, mesmo assim,
PREVISTOS no governo Lula significa que dificilmente serão gastos, ou por
incompetência ou para engordar o superávit.


Uma privatização em nossos aeroportos seria uma saída. Isso é comum e
eficiente no mundo todo. Com uma das taxas mais altas do mundo para
companhias e passageiros, os aeroportos seriam bastante lucrativos, mas os
recursos se perdem na incompetência e corrupção. Mas o que esperar de um
governo que há quatro anos não consegue decidir nem as licitações para as
rodovias.


Enquanto isso, o lobby do nosso amigo Zé Dirceu (que teria supostos negócios
com a TAM) favorece a quebra-quebra da Várig, da VASP e de todo mundo que
não se cuidar. O governo não ajudar é compreensível, mas ele faz de tudo
para atrapalhar. E pra piorar, se recusa a abrir o mercado aéreo brasileiro
para empresas estrangeiras sob o atrasado discurso de “proteger empregos”.
Quem sofre é o trabalhador e o turista que tentam carregar o Brasil nas
costas. O descaso e o péssimo atendimento que o consumidor sofre pela Gol e
pela TAM especialmente, são o retrato de um mercado absolutamente sem
concorrência.


O Haiti que se cuide. O Brasil não resiste a mais quatro anos de governo
Lulla

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